NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA:

A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA TEM UM RESTAURANTE EM LISBOA

Amig@s, o Paulo Dias, membro da Assembleia do RCC de Lisboa e do G.O. "Caminho e Luz" de Carnide, reiniciou, para o seu ganha pão, apesar dos problemas de saúde que o têm afectado nos últimos anos e que todos, infelizmente, conhecemos, a sua actividade profissional como proprietário e, especialmente, cozinheiro, do Restaurante "Os meus crepes".
Está situado na Rua Dr. António Martins nº12, entre a Av. Columbano Bordalo Pinheiro e a R. Prof Lima Bastos. 
A 10 min a pé do Metro de Sete Rios ou a 30 metros da paragem dos autocarros 716, 726,  731, 746 da Carris.
As suas qualidades culinárias são de todos bem conhecidas!
Faz a tua visita ou marca o teu almoço ou jantar de Natal pelo 211 354 512 ou 965 730 567.
Bom apetite!
NATAL  2015

Queridos amigos e amigas,

Estamos às portas do NATAL!
Aquele Messias prometido pelos Profetas, durante muitos séculos, no tempo do Pai, «fez-se homem e e veio habitar connosco» (Jo 1,14).
Desde então começou o tempo do Filho.
Neste tempo, que é o nosso, estamos a viver no tempo do Espírito Santo que, juntamente com a Virgem Santa Maria, está a recriar o mundo.
O Pai já o tinha prometido: «Eu vou criar um novo céu e uma nova terra» (Is 65, 17); «assim como os novos céus e a nova terra, que vou criar, subsistirão diante de mim, assim também subsistirá a vossa posteridade e o vosso nome» (Is 66, 22).
São João, no livro do Apocalipse, já contempla esse mundo transformado: «Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido» (Ap 21,1).
São Pedro recorda aos cristãos que «nós esperamos uns novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 P 3,13).
Aquilo que nos consola é que esse tempo da recriação do mundo é o tempo em que nós vivemos. Mas Deus espera a nossa colaboração. Ele não quere fazer nada sem nós, mas quer fazer tudo connosco. Portanto, não tenhais medo! O fim do mundo só virá daqui a uns bons milhares de anos, quando o novo mundo for criado.
Aquilo que nos importa agora é preparar as vindas quotidianas de Jesus, que chega até nós através dos Sacramentos. Jesus vem com o Pai e com o Espírito Santo fazer de nós a morada de Deus (Ef 2,19). Aliás, Jesus já o tinha anunciado claramente: «O Espírito da Verdade permanece junto de vós, e está em vós» (Jo 14, 17) e «Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos [a nossa] morada» (Jo 14, 23).
Não podemos ter dúvidas. Somos o Templo Santo onde Deus habita!
Em nós, Ele estabeleceu o Céu sobre a terra!
Fez de nos Tabernáculos vivos do Altíssimo, para que O levemos a «todas as cidades e lugares aonde Ele quer ir» (Lc 10, 1). Eis a nossa glória, a nossa alegria, a nossa felicidade!
O Natal que esperamos, não será para nós a primeira vinda de Cristo, mas um reviver em nós o Seu nascimento. Jesus nasceu pela primeira vez em nós no dia do nosso Baptismo. Ele continua a renascer em nós todas as vezes que O recebemos no Sacramento da Eucaristia.
Em Jesus, Deus desce do Céu à terra, para viver em nós, e para com Ele nos elevar da terra ao Céu, onde «seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é» (1 Jo 3,2). Glória ao Senhor!

Unidos em Cristo Jesus,
Vosso irmão e amigo
P. Alfredo Neres


BÍBLIA: obras de misericórdia 

«Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso» (Lucas 6,36). Mais do que uma ordem, estas palavras de Jesus são a revelação de uma possibilidade: elas atestam a possibilidade de o homem participar da misericórdia de Deus, ou seja, de dar vida, de mostrar ternura e amor, de perdoar, de co-sofrer com quem sofre, de sentir a unicidade do outro e de lhe estar próximo, de suportar o outro e de ter paciência com a sua lentidão e as suas incapacidades.
Se «misericordioso e compassivo» é o nome de Deus (cf. Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 103,8; 111,4; etc.), Jesus de Nazaré deu um rosto humano a essa misericórdia e compaixão, revelando-a na sua vida (cf. Marcos 1,41; 6,34; Lucas 7,13; etc.), e, seguindo-o, pela fé nele e pelo amor por Ele, também o discípulo do Senhor pode viver a misericórdia.
Na Bíblia, a misericórdia não é apenas uma emoção, um frémito interno frente ao sofrimento alheio: ela nasce como ressonância aguda do sofrimento do outro dentro de mim mas, depois, torna-se ética, prática e virtude.

É o que acontece com o samaritano da parábola, que faz tudo o que está ao seu alcance para aliviar concretamente os sofrimentos do homem deixado moribundo à beira do caminho (cf. Lucas 10,29-37). A misericórdia, segundo a linguagem bíblica, deve ser feita (cf. Génesis 19,19; 21,23; 24,12; 40,14; Êxodo 20,6; Deuteronómio 5,10; Rute 1,8; etc.); «Vai e faz tu também o mesmo» (Lucas 10,37), diz Jesus ao doutor da Lei, a quem contou a parábola do samaritano. De Jesus, que realiza curas, diz: «faz tudo bem feito» (Marcos 7,37; cf. Actos 10,38).


Os discípulos, portanto, a partir de agora conhecem a vontade de Deus: a misericórdia («Prefiro a misericórdia ao sacrifício»: Mateus 12,7); e também sabem como eles próprios devem querê-la e praticá-la: seguindo as pegadas deixadas no caminho percorrido por Jesus e aprendendo com Ele, que é «manso e humilde de coração» (Mateus 11,29).

Fundamento da transmissão feita por Deus ao homem da capacidade de «fazer misericórdia» é o mandamento do amor dado por Jesus e a prática do amor que Ele próprio viveu: «Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros» (João 13,34); «Como o Pai me amou, também Eu vos amei» (João 15,9).

Este amor só pode ser concreto e visível, efectivo operante e prático e não simplesmente afectivo,  íntimo e inexpressivo.

A primeira carta de João recorda-o várias vezes: «Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade» (3,18); «Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu irmão com necessidade, lhe fechar o seu coração, como é que o amor de Deus pode permanecer nele?» (1 João 3, 17); «Aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê» (1 João 4, 20).


O alimento

«Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia» (Mateus 6, 11). A oração que o Senhor Jesus  transmitiu aos seus discípulos, e que os cristãos repetem diariamente, contém a petição do pão dirigida a Deus.
O orante que pronuncia este pedido, ora não só por si, mas em nome de todos os filhos: o filho que pede pão ao "nosso" Pai não pode esquecer o irmão que dele carece. Aqui, o indicativo de Deus torna-se imperativo do homem: pedir o pão a Deus implica assumir a responsabilidade por quem não tem pão.
Com efeito, Deus dá o pão ao homem, mas também através do homem: este é o seu destinatário, mas também o seu mediador. Ao pão dado por Deus corresponde o pão repartido pelo homem.


Retomando as palavras de Jesus dirigidas aos seus discípulos, face às multidões cansadas e famintas, também poderíamos dizer: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Marcos 6, 37). Esta ordem, dirigida aos primeiros discípulos, estende-se a toda a Igreja, na história, e chega até nós, hoje. (...)

O vestir

Não ter roupa ou estar quase nu ou cobertos de farrapos é uma condição que tem importantes conotações psicológicas e espirituais.
Na Bíblia, uma boa parte do valor simbólico da nudez é negativa: trata-se da nudez que retira identidade, da nudez do anónimo, do sem dignidade: o escravo que é vendido (cf. Génesis 37, 23), o preso privado da liberdade (cf. Isaías 20, 4; Atos dos Apóstolos 12, 8), a prostituta exposta aos olhares de todos (cf. Jeremias 13, 26-27; Oseias 2, 4-6), o doente mental que vive numa condição de alienação (cf. Marcos 5, 1-20).


A Bíblia mostra particular interesse pela nudez inocente e humilhada do pobre, da vítima, do marginal. A simples referência à mesma significa já dar voz a quem não tem voz e pretende suscitar a compaixão ativa de quem se depara com tais situações. Diz-se, no livro de Job, a propósito dos pobres:
«Passam a noite nus, sem roupa nenhuma e sem agasalho contra o frio. Ficam todos molhados com as chuvas da montanha, sem outro refúgio além dos rochedos. Andam nus, sem nenhuma roupa, e passam fome a carregar os feixes» (24, 7-8.10).

A Escritura elabora assim uma compaixão pelo corpo que se exprime em ordens («Reparte as tuas vestes com os nus»: Tobias 4, 16), que se conta entre os atributos da justiça («O justo... cobre [de roupa] o nu»: Ezequiel 18, 5.7.16), que toma a peito uma prática de jejum autêntica («O jejum que me agrada é este... vestir os nus»: Isaías 58, 6-7).


Partilhar a roupa com o pobre é um gesto de intimidade que implica delicadeza, discrição e ternura, pois tem diretamente a ver com o corpo do outro, com a sua unicidade, que se cristaliza em grau máximo no rosto descoberto, que permanece nu e que, com a sua vulnerabilidade, recorda a fragilidade de todo o corpo, de toda a pessoa humana e nos remete para ela.
Partilhar a roupa com o pobre - não do modo impessoal e eficiente da recolha de ajudas a enviar aos pobres do Terceiro Mundo, mas no encontro frente a frente com o pobre - torna-se, então, revelação concreta de caridade, celebração de gratuidade, intercâmbio em que quem se priva de alguma coisa não se empobrece, mas se enriquece com a alegria do encontro, e quem usufrui do dom não é humilhado, porque o ato de ser revestido introduz numa relação e ele se sente acolhido na sua necessidade como pessoa, ou seja, na sua unicidade, não como um anónimo destinatário de um envio de roupas postas de parte pelos ricos.


Só na medida em que o «vestir os nus» é encontro de nudez, a nudez do rosto de quem dá e do rosto de quem recebe, e sobretudo a nudez dos olhos, que são a parte mais exposta do rosto, esse gesto deixa de correr o risco de ser humilhante, e dá-se no único espaço que confere verdade a cada gesto de caridade: o encontro com o outro.

Luciano Manicardi, do livro “O amor dá que fazer,”  ed. Paulinas







Amares-te a ti próprio significa
gostares de ti como és.
E a chave da felicidade é esta:
amarmo-nos a nós próprios
com todas as nossas limitações
e amarmos os outros de igual forma.

Nunca poderemos iliminar totalmente
as nossas fraquezas e os nossos erros.
Porém, podemos aprender
a conviver com eles 
de uma forma diferente.

Se formos amargos,
limita-nos-ermos a espalhar a amargura;
Se em nós apenas reina a escuridão,
o mundo à nossa volta
converte-se em trevas.
A tua missão é trazer luz a este Mundo.

Quando conseguires
estar em sintonia contigo próprio,
aceitar com gratidão
as capacidades que Deus te deu,
mas também dar graças
pelas tuas limitações,
então sentirás o verdadeiro
sabor da felicidade,
porque aceitaste a vida como ela é.*

Anselm Grun

Fraterno Abraço Irmãos em Cristo.


do site de Josélia Micael

Como podemos nos preparar para o Advento?

O Ano Litúrgico gira em torno das duas grandes festas do mistério de nossa salvação: o Natal e a Páscoa. 
A fim de nos prepararmos bem para estas duas solenidades de máxima importância, a Santa Igreja, com seu amor de mãe e sua sabedoria de mestra, instituiu o Advento, que nos predispõe para o Natal e a Quaresma e nos prepara para a Páscoa. Praticamente um mês e meio de Advento-Natal e três meses de Quaresma-Páscoa. O tempo chamado “Comum”, durante o ano, ajuda-nos a caminhar com a Igreja nas estradas da história, iluminados por esses mistérios de nossa fé e conduzidos pelo Espírito Santo.

Iniciamos o tempo do Advento, que assinala também o início de um novo Ano Litúrgico. No decurso dos quatro domingos do Advento, o povo cristão é convidado para preparar os caminhos para a vinda do Rei da Paz. O Cristo Senhor, que há dois mil anos nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judeia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Sagrada Escritura: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).

No Advento, temos a oportunidade de nos aprofundar na expectativa do “Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos” e na semana que antecede a festa natalina, a preparação próxima para celebrar o “Senhor que nasceu pobre no Oriente”. Entre essas duas vindas, o cristão é convidado a celebrar, a cada dia no seu coração,  a abertura para o “Senhor que vem” à sua vida e renova a sua existência.

        Celebrar o Natal é reconhecer que “Deus visitou o seu povo”                (cf. Lc 7, 16) 

Tal reconhecimento não se pode efetivar somente com palavras. A visita de Deus quer atingir o nosso coração e transformar-nos desde dentro. A tão desejada transformação do mundo, a superação da fome, a vitória da paz e a efetiva fraternidade entre os homens, dependem, na verdade, da renovação dos corações. Somos convidados, em primeiro lugar, a aprender a “estar com Jesus” e então, a nossa vida em sociedade, verá nascer o Sol da Justiça.

O Advento constitui precisamente o tempo favorável para a preparação do nosso coração. Deixemo-nos transformar por Cristo que, mais uma vez, quer nascer na nossa vida, neste Natal. Celebrar bem a solenidade do Natal do Senhor requer que saibamos apresentar a Deus um coração bem disposto, pois “não desprezas, ó Deus, um coração contrito e humilhado” (Sl 51, 19). Um coração que busca com sinceridade a conversão é fonte de inestimável comunhão com o Senhor e com os irmãos. 
Neste tempo de Advento não tenhamos medo de Cristo; “Ele não tira nada, Ele dá tudo”.

site Canção Nova