Acabamos de viver os dias mais importantes para qualquer cristão: paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
E também, já no próximo domingo, viveremos outro momento muito importante: será o domingo da Divina Misericórdia.
Infelizmente, esquecido por alguns sacerdotes e leigos católicos, esta Festa foi instituída por S. João Paulo II após a beatificação de Santa Faustina (1905-1938). O desconhecimento da sua vida mística bem como o "esquecimento desastroso" da indicação papal, poderão ser algumas das razões para a sua omissão ou, pelo menos, para a sua secundarizacão. 

Na realidade, todos nós temos a consciência que só pela graça da Misericórdia Divina, poderemos ser acolhidos no Reino do Pai. 
As dificuldades na acreditação das visões e dos escritos de Santa Faustina, conforme o próprio Jesus tinha profetizado (Irmã Faustina teve seus escritos proibidos por mais de 20 anos. Em 1978, a Santa Sé, após um exame minucioso de documentos originais aos quais não havia tido acesso antes, reverteu completamente a decisão de proibir a divulgação da imagem e da devoção à Divina Misericórdia. O Cardeal Karol Wojtyla,  Papa S. João Paulo II, foi o maior responsável por essa reversão, como Arcebispo da diocese de Irmã Faustina em Cracóvia.

Irmã Faustina foi beatificada em 1994 e canonizada em 30 de abril de 2000, como Santa Maria Faustina do Santíssimo Sacramento).
já não obstáculo ao reconhecimento e à sua divulgação dentro da Igreja Católica. 

A leitura do livro "Diário de Santa Faustina" é extraordinariamente  enriquecedor, numa perspectiva do conhecimento do Amor de Deus por todos nós. 
De facto, as palavras que Jesus transmitiu a Santa Maria Faustina e que pediu para serem divulgadas, são  o aprofundamento das Sagradas Escrituras. Talvez mais do que um aprofundamento: são a manifestação expressa do desejo salvífico do Pai.
É uma forma de relembra-nos o "manual de instruções" para a nossa salvação.

Aliás, a imagem de Jesus Misericordioso que o próprio Filho de Deus mandou que fosse executada e divulgada por todo o mundo para que o maior número de pessoas conhecesse a Sua Misericórdia e, consequentemente, obtivesse esta grande graça, está referida no Livro do Apocalipse. Recordam-se, certamente,  da 1a Leitura que é proclamada no dia de todos os Santos.( Ap.7, 14) "Estes são os que vieram da grande tribulação, que lavaram as suas vestes e as alvejaram no Sangue do Cordeiro."
Na verdade, a imagem revelada a Santa Faustina e que nós, hoje, a identificamos como a imagem de Jesus Misericordioso, são bem visíveis dois raios que brotam do Seu coração: um vermelho e outro branco. Significam o Sangue e a Água que jorraram  do Seu sagrado coração. “Esses dois raios significam o Sangue e a Água, - o raio pálido significa a Água, que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue, que é a vida das almas..."

Não seremos nós, aqueles que viemos  na grande tribulação e que, pela Divina Misericórdia de Deus Pai, seremos justificados pela água e receberemos uma vida nova pelo Seu preciosíssimo Sangue?
Também já reparaste que quando rezas a oração Salve Rainha, começas por dizer "Salvé Rainha, Mãe de Misericórdia ..." e, na parte final, rezas, " ....e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus..."

Será que desterro e grande tribulação não significarão a mesma coisa? 


Não será assim? Deus, certamente, me perdoará.


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