CARDEAL D. ANTÓNIO MARTO

Pensar que a nomeação a Cardeal do Sr. Bispo D. António Marto por Sua Santidade, Papa Francisco, foi motivada por razões de agradecimento pelo acolhimento na recente vinda a Fátima ou pela importância religiosa do Santuário, são motivos, perdoa-me a expressão, demasiadamente fracos.
Qualquer português cristão, católico e praticante, minimamente atento às “guerras” declaradas, às escondidas ou às claras, contra o representante de Jesus Cristo na Terra, Papa Francisco, entende as razões de Mario Bergoglio: ele quer rodear-se de pessoas da "sua confiança", pretende ver-se rodeado de apoiantes à reforma iniciada: ouvintes e praticantes dos muitos dos seus conselhos de muitos dos seus exemplos e de muitas das suas obras! 
Pretende ver-se rodeado do clero que reconhece a  oportunidade de aplicação das suas palavras e imitação dos seus actos.
O Papa Francisco está a usar este instrumento da livre nomeação de cardeais, mostrando, assim, a vontade de constituir um grupo de homens fieis e seguidores do Evangelho. 

Após a sua nomeação como Cardeal, D. António Marto disse: "eu sou apoiante da reforma que o Papa quer levar para a frente: a reforma da Igreja; uma Igreja mais evangélica, menos burocrática, mais próxima das pessoas, mais acolhedora, de menos exclusão, mais misericordiosa, mais atenta aos desfavorecidos, aos pobres, uma Igreja construtora de pontes e, agora, mais preocupada com o problema dos refugiados, verdadeira catástrofe humanitária ... 

https://www.youtube.com/watch?v=NoNU2vn_QtE


Se quiseres recuar um pouco no tempo, recordo-te a chegada do Santo Padre ao aeroporto de Monte Real em 12 de Maio de 2018 que podes ver neste link,


https://www.youtube.com/watch?v=3-1jZIBUlrY


e repara no tipo diferente das saudações ao clero presente, entre os minutos 5,27 a 6,15 ... 
Não são precisas palavras!


A indiferença de um grande número de prelados europeus (incluíndo Portugal) e norte americanos, (países do auto intitulado "primeiro" mundo), são reveladoras da falta de unidade na Igreja de Jesus Cristo católica e apostólica e da falta de comunhão com o seu líder espiritual!


Quando menciono o nosso País,  relembro-te esta notícia:

"Para o cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, e ao contrário do colega de Leiria-Fátima, não deve alterar-se a doutrina católica, que defende que o casamento é indissolúvel e que os divorciados que voltam a casar vivem uma situação de adultério, estando por isso impedidos de comungar a hóstia na missa. Manuel Clemente defendeu então um caminho alternativo: o da simplificação dos processos de nulidade do matrimónio. Um procedimento que já está previsto na Igreja e consiste na avaliação das condições em que foi realizado o casamento. Se ele for considerado inválido, os casais ficam livres para uma segunda união, podendo nesse caso comungar.



Mas ninguém pensou em alterar a doutrina!

Mas ninguém defendeu a solubilidade do matrimónio!
O que poucos não compreenderam e continuam a não querer compreender,  é o tema subjacente à  Exortação Apostólica "Amoris Laetitia": o AMOR!
Mas não é o AMOR o "pilar" de toda a Palavra de Deus?
Será que o Amor, nos desígnios do Pai Celeste,  tem excepções?
Será que o Amor de Deus não é "aplicado" aos recasados? 
Será que o Senhor os excluiu da Sua paternidade?  


Continuo com a notícia do Jornal "O Sol" no dia 31/7/2015:
"Na hora de decidir qual o parecer que a Igreja portuguesa ia enviar para o Vaticano sobre este assunto, o bispo António Marto apresentou um documento que subscrevia a polémica visão do cardeal Walter Kasper sobre o acesso dos divorciados recasados à comunhão. Segundo esta proposta, os recasados poderiam voltar a comungar na missa após um percurso penitencial. Haveria uma análise caso a caso e uma decisão final que caberia ao bispo da diocese".

Enquanto D. Manuel Clemente revelou ter uma posição distante dos pensamentos do Papa Francisco, D. António Marto, desde a primeira hora, aplaudiu, seguiu, segue e tenta por em prática, as propostas de Sua Santidade. 
Mas não apenas ele: também o Bispo de Viseu e mais cinco outras dioceses de Portugal que, de imediato, criaram grupos de acompanhamento a casais “recasados”, com o objectivo de poderem aspirar a receber a Comunhão, com o objectivo de acolher e nunca excluir.
Na Diocese de Lisboa ainda nada se fez sobre este assunto! (Se alguém souber, pf informe-me)

Olhando para estes factos (Sr. Pe. B.M., tudo o que é posto neste blogue foram, são e serão factos verdadeiros ... ) e à recente presença do “inimigo público nº 1” de Sua Santidade, o Sr. Cardeal Burke autorizado a celebrar uma missa tridentina, desaconselhada e já desenquadrada pós Concílio Vaticano II, na Igreja de S. Nicolau, Diocese de Lisboa,   será fácil concluir que o Papa Francisco necessitava de mais um amigo incondicional, como o Bispo de Leiria/Fátima, D. António Marto.

Recordo uma petição pública em finais de 2017, dirigida ao Sr. Cardeal de Lisboa, já aceite e deferida  sobre , “a necessidade espiritual ... que em Lisboa não tem sido atendida por nenhum sacerdote em plena comunhão com a Igreja Católica (nem poderia sê-lo doutro modo), humildemente pedimos a Vossa Eminência que façais celebrar publicamente ao menos uma Missa por semana, aos Domingos, segundo esta forma extraordinária do rito romano, na Diocese que vos foi confiada.” 

Com todo o respeito pelos cristãos presentes nessas assembleias mas não tendo nenhum conhecimento do latim, poderei pensar que  rezam/cantam aquela cação do Tony de Matos: "Ó tempo, volta para trás ..."😆

Infelizmente, não é só em Lisboa! 
Aquando de passagem pelo Algarve no passado mês de Junho, ouvi, dentro de uma Igreja e antes da Adoração ao Santíssimo Sacramento, um desabafo do Pároco: “incompreensão e alguma afronta de tantos padres, quanto ao rumo proposto por Francisco." Estas palavras são-lhe transmitidas por alguns sacerdotes durante as respectivas férias no Algarve.

Será, por razões semelhantes a estas, que o Santo Padre, Papa Francisco, nos pediu a oração diária do Terço durante o mês de Outubro para que, pelaintercessão de nossa Senhora, haja união na Igreja Santa Católica e Apostólica?

Papa Francisco, "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o Seu rosto e te dê a paz".

Números 6:24-26


1 comentário:

  1. Fez-me questionar se eles já teriam cumprimentado o Papa Francisco...se teriam estado com ele pouco antes. Quero acreditar numa explicação protocolar.

    O Amor salta aos olhos! Tal como em Pedro, que negou Jesus mas que O amava. Que teve medo mas também que tinha entusiasmo. O Pedro das emoções e muito honesto. O Pedro cheio de empatia que sabia ler nos olhos e no coração: "Senhor, tu bem sabes que Te amo".

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