Se já não respiramos no céu, então sufocamos no vazio 


«(...) O mundo em que vivemos anda encantado pelo amor e sem esse encantamento não permaneceríamos nele nem um segundo. Somos atirados à nascença para um buraco onde, se não fosse a clarabóia do coração a dar para o céu, não poderíamos deixar de definhar. Nesta vida só o coração é real, então porque teimamos em sonhar com outras coisa? (...)

Deus passeava maravilhado nas palavras deles, como um camponês pelo seu campo. Se Deus não está nas nossas histórias de amor, então elas esmorecem, esboroam e desmoronam-se. Não é essencial que se fale de Deus. Nem sequer é indispensável que os que se amam conheçam o seu nome: basta que se tenham encontrado no céu, sobre a terra. (...)

Se já não respiramos no céu, então sufocamos no vazio: é tão simples como isto»

partilhado no Facebook por Helena Castro Ferreira - Christian Bobin, em "Ressuscitar" 


Sacerdotes apaixonados por Jesus Cristo


Sacerdotes apaixonados por Jesus Cristo. Este foi o desejo manifestado pelo Papa Francisco ao fazer uma reflexão nesta sexta-feira, 12, no retiro mundial de sacerdotes, que está sendo realizado em Roma. Em quase duas horas de diálogo, o Santo Padre falou da realidade e dos vários desafios da vida sacerdotal, além de responder a algumas perguntas dos sacerdotes.
“O sacerdote, à medida que vai andando no amor com Jesus, sente o carinho de seu Mestre de maneira distinta. E o busca, o comunica e o ama com carícias renovadas. Amem, deixem-se amar, abram o coração a Ele”, disse.
Da mesma forma que um homem e uma mulher não deixa de falar de sua paixão quando estão apaixonados, um padre apaixonado por Jesus se deixa notar. “Quando um sacerdote é apaixonado por Jesus se nota, se reconhece, se vê esse amor que é transmitido constantemente”.
E não basta contemplar Jesus, disse o Papa, é preciso que os padres se deixem contemplar por Jesus. Às vezes essa pode ser uma tarefa difícil quando os padres estão cansados, com problemas, de forma que podem até acabar cochilando diante do Sacrário. Mas nesses momentos, disse, Deus olha para os padres como um pai que olha para o filho dormindo. “Se você dorme diante do Santíssimo não se preocupe, mas vá até o Tabernáculo, não deixe de ir”.
Como falar do amor de Jesus?
Um ponto da reflexão do Papa foi sobre como os sacerdotes podem falar do amor de Jesus. Um espaço já muito conhecido são as homilias, durante a Santa Missa. Ele explicou que as pessoas normalmente não suportam mais que 30 minutos de homilia, pois se distraem; o que elas querem é que o padre fale ao seu coração.
“Existem homilias que são óptimas aulas de teologia, mas não chegam ao coração. Não se esqueçam que a homilia não é uma conferência, uma lição de catequese, é um sacramental. É colocar o melhor de mim para que o Espírito Santo fale, para que toque o coração (…) Falem ao povo de Deus com homilias bem feitas, encontrem-se entre vocês para preparar a homilia (…) não percam tempo, falem de Jesus, sobre Jesus, da alegria de uma fé firme em Cristo”.
Francisco enfatizou que os padres são chamados a ser como Jesus, amar sem limites, em todas as circunstâncias. Algo que o entristece, por exemplo, é quando ele vê um padre se recusar a dar o Baptismo a uma criança recém-nascida porque ela é filha de mãe solteira ou de um pai de segunda união.
“O baptismo não pode ser negado a ninguém. Por favor, que isso fique marcado em seus corações. Não aterrorizem o povo de Deus, não os façam fugir. Ninguém me contou isso, eu vi (…) Por favor, uma Igreja sem Jesus e sem misericórdia, não”.
Com atitudes assim, o Papa explicou que a Igreja se torna madrasta, em vez de ser mãe. “Por favor, façam as pessoas sentirem que a Igreja é sempre mãe”.
Retiro do ICCRS de 10 a 14 de Junho


Anunciado neste blog desde 3 de Outubro de 2014, decorre em Roma na Basílica de São João de Latrão retiro exclusivo para bispos, sacerdotes e diáconos celibatários, subordinado ao tema "Chamados à santidade para uma Nova Evangelização". 

Organizado pelo ICCRS e pela Catholic Fraternity, tem o seguinte programa:
- dia 10 de JunhoReunidos. 
A meditação do dia será confiada ao Padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia
- dia 11 de JunhoReconciliados.
O Cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho para Justiça e Paz, guiará a meditação “Reconciliados com Deus”. Depois, seguir-se-á uma Adoração Eucarística. 
O Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, presidirá a Santa Missa. À tarde, Don Livio Tacchini guiará a meditação sobre o tema “O preço da reconciliação”, seguido de um período de reconciliação guiado pelo Padre Daniel Ange.
- dia 12 de Junho, Festa do Sagrado Coração de Jesus, o tema do dia de ontem, foi Transformados.
O Padre Jonas Abib guiou a meditação “Deixa que o amor de Deus te transforme”. Logo depois, a Irmã Briege McKenna e Padre Kevin Scallon, exerceram os seus ministérios de oração e cura, durante  a Adoração Eucarística. À tarde, o esperado e desejado encontro com o  Papa Francisco.
O Santo Padre conduziu a meditação “Transformados pelo amor e para o amor” e depois houve um tempo de diálogo com os sacerdotes.
No final celebrou a Santa Missa e deu aos participantes um mandato missionário.
- hoje, dia 13, o tema será Fortificados.
O Padre Raniero Cantalamessa aprofundará este tema para que todos os presentes sejam mais, plenamente, discípulos-missionários. Haverá Celebração da Eucarística presidida pelo Cardeal Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero. Na parte da tarde, “Viver o sacerdócio no poder do Espírito Santo”será o tema meditado pelo Mons. Joseph Malagreca. 
Vindo do Brasil, Dom José Luis Azcona, dará seu testemunho.
O dia encerrará com oração para uma nova Efusão do Espírito Santo guiada por Patti Gallagher Mansfield e D. Alberto Taveira.
- domingo, dia 14, o retiro encerrará com Junhocom: uma solene Celebração Eucarística presidida pelo Vigário Geral da diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini.

Site RCCBRASIL


RESUMO DO DIA 12

Com um canto, em diversas línguas, o Bispo de Roma foi recebido na Basílica de São João de Latrão, por mais de mil sacerdotes, provenientes de diversas partes do mundo, entre os quais se encontravam alguns Cardeais, Bispos e Arcebispos, Diáconos e numerosas religiosas e seminaristas.

Em sua meditação, pronunciada espontaneamente em espanhol, o Papa tratou o tema “Transformados pelo amor e por amor”, dividido em cinco partes: “reunidos, reconciliados, transformados, fortificados e enviados”, com citações bíblicas e com base na sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” (“O Evangelho da Alegria”).

Como é belo, disse o Papa, ver Bispos e sacerdotes reunidos no amor e na caridade, e próximos ao Povo de Deus, como os primeiros discípulos e Apóstolos, que se reuniam em torno da Palavra de Deus, inspirados pelo Espirito Santo.

Além do numeroso clero presente, Francisco expressou sua alegria também por ver tantas mulheres, que participavam daquele momento de reflexão. Elas não são sacerdotes, ponderou, mas estavam presentes no Cenáculo, quando o Espirito Santo desceu sobre os Apóstolos. Elas representam o gênio feminino na Igreja; elas são uma graça. Não nos esqueçamos, disse o Papa, que a Igreja é mulher!

As mulheres presentes, afirmou o Bispo de Roma, são imagem e figura da Igreja e da Mãe da Igreja, Maria. E, aproveitando para agradecer a colaboração que prestam em âmbito eclesial, recordou: “A Igreja é Esposa de Cristo, logo a Igreja é Mulher, é Mãe do povo de fiéis cristãos". Não é “feminismo”, explicou o Papa, dizer que Maria é bem mais importante que os Apóstolos.

Depois, recordando este dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, o Pontífice afirmou que os “sacerdotes” são transformados por amor, por amor trinitário. O chamado ao sacerdócio é, antes de tudo, um chamado de amor e a nossa resposta deve ser uma resposta de amor.

Quando um sacerdote esta apaixonado por Jesus se nota! Apesar de passar por momentos de dificuldade, ele se aproxima do sacrário e dialoga, com amor, com o seu Senhor... Trata-se de um dialogo de amor e não hipócrita. Este encontro amoroso com o seu Senhor, anima o sacerdote na sua missão e ministério. Por isso, o Papa acrescentou:

“O primeiro motivo para evangelizar é o amor de Jesus; o amor de Jesus que recebemos; é a experiência de sermos salvos por Ele, que nos incentiva e encoraja a amar sempre mais. Todo sacerdote tem suas debilidades, não obstante, Jesus o coloca a serviço do seu povo”.

Desta forma, disse o Bispo de Roma, é o amor que nos leva a evangelizar, a levar a mensagem de Jesus, a falar do seu Amado. Quando sentimos o desejo de comunicá-Lo aos outros, devemos dobrar os joelhos, recolher-nos em oração e pedir-lhe que volte a atrair-nos ao seu amor.

Assim, o sacerdote sente o carinho do Senhor, o busca, o ama e o transmite aos outros de modo genuíno e renovado. E exortou os sacerdotes a amar, a deixar-se amar, a abrir seus corações a Jesus e dizer-lhe: “Aqui estou, Senhor!”

Ao concluir sua meditação aos milhares de sacerdotes presentes na Basílica, o Santo Padre respondeu a algumas perguntas feitas por representantes de diversos países. Assim, o Papa passou à celebração da Santa Missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus! (MT)

N.R. - Rezemos todos para que a graça do Espírito Santo encha os corações de todos os irmãos ordenados e presentes neste encontro, transforme as suas vidas e assim, ajudem a transformar, a renascer todo o povo de Deus. 
A Dracma Perdida

“...varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la” (cf. Lc 15, 8-10)

O único desejo de Jesus é manifestar aos homens o coração do Pai do céu. Ele veio à terra certamente para nos abrir as portas do céu, que devido ao pecado de Adão pareciam ter sido fechadas. Jesus veio, sobretudo, para manifestar o amor de Seu Pai por nós.
Jesus fala de uma mulher que, tendo 10 dracmas (moeda grega) e perdendo uma, vai, acende a lâmpada, varre a casa e, encontrando-a, chama as vizinhas e as amigas para fazer festa. Nesta parábola Jesus não usa a figura de um homem, mas a figura de uma mulher. Podemos dizer que é também a figura do amor materno de Deus. O Pai tem um amor que é ternura, que nasce do seu “ventre” que gera sempre (Amor Hesed – Misericórdia). Uma ternura que não apresenta “força ou poder”, mas revela uma doação plena, sem limites, como é próprio da mulher, mãe e esposa.
Como nos é difícil ter este mesmo amor. Se olharmos para nós poderíamos dizer que somos tão egoístas e soberbos que até para expressar o amor verdadeiro dizemos que amar significa ser forte e decidido. Hoje, ainda mais, o mundo apóia este sentido do amor! As próprias mulheres são cobradas de se apresentarem decidas, líderes de negócios, chegando ao ponto de desejarem prevalecer sobre o homem tomando posse de tudo aquilo que é masculino, às vezes perdendo até mesmo suas características de feminilidade.
Atualmente, é suficiente olharmos o que vem acontecendo no mundo e como a mídia aproveita disso para destruir a figura da mulher. Tudo ao contrário do amor materno do Pai, Ele é ternura, doação, silêncio, prontidão em servir e amar. Ele se abaixa, se esconde, não quer aparecer, mas somente se doa.
“...varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la” (Lc 15, 8b)
A Palavra nos diz que eram dez dracmas, moeda usada pelos pagãos e que não tinha grande valor. Esse fator faz a parábola parecer ainda mais irreal. Esta mulher se esforça tanto para encontrar uma moeda que não tem nenhum valor, assim como nós pecadores, homens e mulheres perdidos da presença de Deus.
Para os hebreus o número dez representa a comunidade. Jesus com o número dez e a dracma quer dizer aos discípulos que o Pai tem no coração o mundo todo, sejam hebreus ou pagãos, sejam cristãos, homens de outras religiões ou mesmo ateus. A dracma pode valer pouco aos economistas, porém, para o Pai o que importa é o que vale pouco para o mundo, o que é pouco considerável, descartável. Deus se preocupa com todos, quer que cada um chegue à salvação e encontre-se com Seu amor sem medida. Deus é mais mãe do que nossa própria mãe! É ele que, como canta o salmo, me conhece desde o ventre materno e me ama pessoalmente (cf. Sl 139, 13). Ele é todo meu, exclusivamente e somente meu, me dá tudo.
Para o Pai não pode faltar ninguém, se falta, Ele se preocupa e não para de procurar até encontrar. Para resgatar os que faltam Ele é capaz de qualquer coisa, até mesmo entregar Seu Filho para morrer por esta pessoa, por nós. Isso porque ama a cada um, se esquece de Si mesmo e daquilo que mais ama: Seu Filho único... se esquece de Si mesmo e de Seu filho colocando Ele na cruz por mim e por você!
Algum dia finalmente entenderemos este amor imenso e sem confins? Estamos dispostos a amar desta maneira? Ele me ama porque me vê filho como seu filho Jesus. Não nos trata somente como mais um, mas nos considera filhos e nos ama mais que a Si mesmo. Estamos prontos para nos converter e finalmente amar os outros mais que nós mesmos, considerando o outro maior e mais importante do que nós mesmos?
Como é distante desta realidade o nosso pequeno amor atrofiado!
Somente amando assim nos sentiremos filhos, gerados das entranhas misericordiosas do Pai.
“...tendo dez dracmas e perdendo uma delas, acende a lâmpada...” (Lc 15, 8a)
Limpa a casa e procura com cuidado, este é o trabalho misericordioso do Pai sobre cada um de nós. Ele não se preocupa de mais nada. A mulher varre, limpa, trabalha noite e dia para encontrar a dracma perdida, moeda que, lembramos, economicamente não tem nenhum valor. O Pai do céu não está preocupado se você não vale nada, se é o pecador mais duro e cruel. Para Ele o que vale é somente que você é Seu filho. Filho pecador, sujo, raivoso, violento, que como o filho pródigo se afastou e acabou com toda a sua herança, mas para Ele nada disso importa. Você é precioso aos seus olhos, é a ovelha perdida que necessita de proteção e cuidado. Para Ele só importa que você é seu filho! Varre a casa inteira, cada canto de nossas vidas, cantos doloridos, sofridos, sujos... Para Ele o tempo e o cansaço não importam, o que importa para Ele somos cada um de nós.
Para procurar, acende a lanterna que ilumina cada canto obscuro de nossas vidas. Ele oferece tudo, por isso acende uma lanterna, a lanterna é Jesus. Ele é a luz que pode me iluminar e esclarecer a minha mente corrupta.
O mundo de hoje vive em plena escuridão. Sem perceber nós nos arriscamos em cair no inferno do nosso eu egoísta. Não é verdade que somos inseguros, escravos das paixões desordenadas e dos pensamentos depressivos? Tudo parece escuro, sem esperança. Deus Pai nos responde e ajuda ao acender a lanterna da nossa casa interior, do nosso eu, para iluminar cada canto escondido e fedorento. Esta luz é Jesus, que morre por mim na cruz e se torna entranhas de misericórdia tomando sobre Si os nossos pecados. O Pai dá toda a luz, Seu Filho Jesus, até Ele se tornar escuridão aos olhos do mundo. Jesus se faz pecado para limpar os nossos pecados e morre para mostrar que este é o único caminho para entendermos a misericórdia do Pai e vivermos a verdadeira misericórdia uns com os outros.
“Alegrai-vos! Encontrei a dracma que tinha perdido!” (Lc 15, 9)
Enfim encontrada a dracma, a mulher faz festa e chama todas suas amigas. No céu há jubilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrepende (cf. Lc 15,10). É a alegria do Pai misericordioso, não importa o fato que por um tempo a dracma, eu e você, estava perdida, mas sim fazer festa, o que estava perdido foi encontrado, o filho voltou para Ele. O filho permanece filho também quando se perde, trai ou se esconde.
Devemos escolher fazer festa sem olhar os nossos pecados e os dos outros. Acolhemos cada pessoa, sobretudo o pecador, como uma mãe que recebe seu filho no ventre e faz festa quando ele nasce. Porque viver murmurando e lembrando dos próprios pecados e o dos outros?
O que é mais saudável? Viver de lembranças negativas ou fazer festa exaltando o amor do Pai que se doa e nos doa seu filho por amor? Sejamos misericordiosos como a maternidade do Pai do céu!
Pe. Antonello e Pe. João Henrique
"Dá Deus nozes a quem não tem dentes"

Após ter tomado conhecimento deste evento na Polónia, promovido pela Comunidade Aliança da Misericórdia, conforme texto e foto originais ....

"Pe Antonello Cadeddu e Pe João Henrique estão pregando em um Retiro para os Sacerdotes de Rzeszow, na Polônia, que começou hoje.
Esta Diocese da Polônia é a com o maior número de padres, ao total são 700. Nos dois primeiros dias, participarão cerca de 320 párocos, e nos últimos dias participarão também os vigários. Que possamos estar unidos em oração para que nossos queridos padres possam ser sinal de Deus para estes Sacerdotes."



... sou obrigado a recordar, com sentimentos de pesar e de tristeza,  um pouco da história passada, na Diocese de Lisboa, com esta Comunidade. 
Cinco anos foi o tempo, durante o qual, estes nossos Irmãos e Missionários desenvolveram, junto dos mais necessitados, o maior mandamento de Deus: o Amor! 
Na rua, dormindo uma vez por semana com os "sem abrigo", no problemático bairro Casal da Mira, na vida em oração, na vivência da divina providência, dois missionários a estudarem teologia na U.C.P. com o objectivo de serem ordenados sacerdotes, etc, não foram argumentos suficientes para os Srs Bispos de Lisboa, reconhecerem as suas origens e práticas cristãs e católicas. 
Foram várias as reuniões com o bispo x, com o bispo y e, inclusivamente, com D.Joaquim Mendes. 
Foram anos de deserto com evidente prejuízo do Povo de Deus.
Ainda hoje, na Diocese de Lisboa, serão poucos os católicos que conhecem esta comunidade ou, pelo menos, que tenham aproveitado os seus carismas, ensinamentos ou simples partilhas, sempre com pleno e exclusivo, espírito de serviço. 
Nada do que escrevo resulta de um simples conhecimento teórico. Não! 
Afirmei-o, escrevi a preceito, e tudo chegou ao conhecimento de D.Joaquim Mendes.
Por mera coincidência, creio eu,  quinze dias ou três semanas após a postagem no Blog, onde mostrava o meu descontentamento pela situação e após a "emigração" para a Diocese de Setúbal, onde estabeleceram a sede da Missão, em Junho de 2012 (obviamente,  acolhidos de braços e de coração abertos, por D. Gilberto, Bispo da Diocese), foram reconhecidos pelo Patriarcado de Lisboa. 
Triste cegueira espiritual!
Enfim, duas dioceses separadas por um rio mas onde se "falam" línguas tão diferentes ...

E ainda bem que mudaram! Se tal não acontecesse e à semelhança do missionário Rogério, teriam todos de regressar ao Brasil para serem ordenados.
Tal já não aconteceu com o Luiz Paulo que foi recentemente ordenado Diácono na Sé de Setúbal (vejam em baixo fotos da Ordenação Diaconal do Luíz Paulo ) e será, se Deus quiser, nos meses de Março ou Abril de 2016, o primeiro sacerdote carismático "estrangeiro" a receber o Sacramento da Ordem.

Graças a Deus, os frutos da Aliança da Misericórdia são hoje, bem visíveis.

Para terminar, graças a Deus, pensarão alguns, pergunto:
Porque nunca foi feito, em Portugal, um retiro para sacerdotes, orientado pelos fundadores desta Comunidade?
Será que eles não têm conhecimentos, experiência ou espiritualidade para tal?
Porque será que, na Polónia em 3 anos,  cresceram mais do que oito, em Portugal?  O que estará errado? 
Será que os polacos compreendem melhor do que os portugueses, a língua "brasileira"? Só pode ser, não acham?

Quando se abrem as portas do coração, o Espírito de Deus enche, transforma e renova! 
Quando o coração de qualquer homem teima em continuar fechado, Deus não força e o Espírito não entra. 

Mas este Portugal, que faz parte de uma Europa envelhecida e muribunda, espiritualmente falando, continua a "entravar" tudo o que foram e são os ensinamentos de Jesus e os frutos do Espírito de Deus.

O tempo de Deus não é igual ao nosso! Verdade!

Que Ele me perdoe estes "abanões"! "Abanões", para caminharmos em unidade como irmãos e com o Santo Padre, no caminho que leva a Deus. Assim seja.

Recordo as palavras do Pe. João Lourenço : "se os católicos fossem mais afoitos, a Igreja não estaria como está!"

Resto de uma santa semana e vivamos de coração o dia de Corpo de Deus.