Natal 2018
Na festa da Ascensão de Jesus ao Céu, em Maio de 1959, como acontece todos os anos litúrgicos B, lê-se o Evangelho de S. Marcos 16,15-20: «Jesus disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.  Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado». 
Naquele dia, estas palavras tocaram-me profundamente.
Nesse tempo havia no mundo uns dois mil e quinhentos milhões de pessoas não batizadas. Pensei de mim para comigo: «que posso eu fazer para anunciar o Evangelho a essa multidão e para que essas pessoas creiam e sejam batizadas?» 
Consciente ou inconscientemente, senti uma força interior que me empurrava a dizer: «quero ser missionário». Dito e feito. Nesse mesmo ano, no dia 8 de setembro, festa da natividade de Nossa Senhora, dei entrada ao seminário comboniano de Viseu. 
Doze anos mais tarde, na Quinta-feira Santa, dia 8 de Abril de 1971 fui ordenado padre.
Passaram-se cinco anos e em Abril de 1976 cheguei ao Congo, para anunciar o Evangelho a um povo que na maioria era ainda pagão. Hoje, graças a Deus, muita dessa gente, que então encontrei no Congo, é cristã.
Mas, o problema põe-se outra vez. Se em 1959 havia no mundo uns dois mil e quinhentos milhões de pessoas não batizadas, hoje esse número triplicou. Portanto, se então tinha sentido uma vocação missionária, hoje ainda tem mais sentido. Por isso continuo a sentir-me feliz e a dar graças a Deus por me ter chamado para esta vida. Ao mesmo tempo, peço-Lhe que continue a chamar muitos jovens e a enviá-los a anunciar a Palavra de Deus aos povos que ainda não a conhecem. Deste modo, muitas outras pessoas podem ser batizadas e alcançaram a salvação eterna.
Que esse Natal seja um tempo especial para que Jesus renasça no coração e na vida duma multidão de pessoas que se deixem tocar pela presença de Deus e abram as portas a Cristo.
Vosso irmão e amigo
P. Alfredo Neres

O QUE SIGNIFICA A COROA DO ADVENTO

A COROA DO ADVENTO

A vela sempre teve um significado especial para o homem, sobretudo porque antes de ser descoberta a eletricidade, ela era a vitória contra a escuridão da noite. À luz das velas, São Jerónimo traduzia a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém onde Jesus nasceu.



Ainda hoje, em casa, à noite, quando falta a energia, todos correm atrás de uma vela e de um fósforo.
Acender velas nos faz-nos lembrar também a festa judaica de "Chanuká", que celebra a reconquista da Cidade de Jerusalém pelos irmãos Macabeus que estava em poder das mãos do rei grego, Antíoco IV.

Antes da era cristã os pagãos celebravam em Roma a festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no solstício de inverno, em 25 de Dezembro. A Igreja, sabiamente, começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios de Luz, a Salvação. É a festa da Luz que é o Cristo: "Eu Sou a Luz do mundo" (Jo 12, 8). 
No Natal desceu a nós a verdadeira Luz "que ilumina todo homem que vem a este mundo" (Jo 1, 9).

Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano da nossa vida no bolo de aniversário. Para nós, cristãos, simbolizam a fé, o amor e o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.

Nestas quatro semanas somos convidados a esperar Jesus! Ele virá! É um tempo de preparação e de alegre esperança na vinda do Senhor. 

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia convida-nos a vigiar e a esperar a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.

A Coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Seu Filho em forma humana. A branca significa a paz que o Menino Deus veio trazer; a roxa clara (ou rosa) significa a alegria de sua chegada.

A Coroa é composta por quatro velas colocadas nos seus cantos e presas aos ramos, formando um círculo. 
O círculo não tem começo nem fim! 
É o símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno de Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.

As quatro velas do Advento simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo.

1. No primeiro domingo do Advento, acendemos a primeira vela - vermelha - que simboliza o perdão a Adão e Eva. Cristo desceu à Mansão dos mortos para dar-lhes o perdão.

2. No segundo domingo, a segunda vela - verde -  representa a fé dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, que acreditaram na Promessa da Terra Prometida, a Canaã dos hebreus: ali nasceria o Salvador, a Luz do Mundo.

3. A terceira vela - rosa - acessa com as duas primeiras, simboliza a alegria do rei Davi, o rei que simboliza o Messias porque reuniu sob seu reinado todas as tribos de Israel, assim como Cristo reunirá em si todos os filhos de Deus. É o domingo da alegria. Esta vela tem uma cor mais alegre, o rosa ou roxo claro.

4. A última vela - branca - simboliza os Profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça que o Messias traria.

Tudo isso para nos lembrar o que anunciou o Profeta:

"Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor" (Is 11,1-2).

"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas; porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos" (Is 9,1-6).

Professor Felipe Aquino (Gaudium Press 5/12/2018
ADVENTO

A palavra advento significa “chegada” e, no caso do presente tempo litúrgico, é um convite da Igreja para vivermos na espera da vinda de Jesus em atitude de vigilância, diligência, penitência, oração, esperança e gratidão Àquele que, sendo Deus, se fez homem e nasceu por amor por cada um de nós!
Há preciosas tradições que nos ajudam a aproveitar com intensidade espiritual este precioso tempo de preparação para o Natal. Uma delas é a Coroa do Advento. 
E há também, é claro, a graça do Espírito Santo  para prepararmos a nossa alma, o nosso coração, em recolhimento pessoal diante de Deus e da nossa própria consciência. Para essa preparação que sugerimos o seguinte “guia” – que não é nada formal, nem constitui nenhuma tradição específica da Igreja. São meras sugestões para vivermos de um modo mais intenso, o Advento no nosso cotidiano!

Primeira semana: Limpeza

Viva a virtude da pureza, do perdão, da retidão das intenções. Limpa o teu interior com um espírito vigilante e varre de ti tudo aquilo que não te deixa olhar com clareza para a magnificência de Deus!
Limpa a tua alma com um exame de consciência profundo, pensando nas coisas que te separam de Deus. Depois, faz uma boa confissão e pede-Lhe perdão.
Ah, e tu também precisas de perdoar: tira do teu coração tudo o que te impede de experimentar, em profundidade, o amor de Deus: o mesmo amor que desejas viver e transmitir aos teus semelhantes. Podes fazer, por exemplo, alguma oração parecida com esta:
Pai, eu Te suplico humildemente: dá-me tudo o que eu não soube pedir-Te e tira de mim tudo aquilo que eu não soube entregar-Te. Tira de mim tudo aquilo que me afasta de Ti e nunca permitas que nenhum amor humano, nenhum bem material, nenhuma circunstância da vida me separe de Ti, do Teu coração, pois eu desejo ser só Teu, meu Senhor! Completamente, Teu!

Segunda semana: Reorganização

Depois da limpeza, temos de recolocar tudo em ordem! A verdadeira paz está relacionada com a ordem da alma que nos ajuda a viver a vida com as prioridades certas. A máxima prioridade é Deus, que é a plenitude do Ser, a plenitude do Amor, a plenitude do Bem, a plenitude da Beleza, a plenitude da Verdade, a plenitude da Felicidade.
Organiza os teus afetos recolocando Deus no primeiro lugar! Sigue o que Ele pede. Assim, experimentarás a ordem interior e, portanto, a verdadeira paz – a mesma paz que irás transmitir ao mundo, já que os outros vão dizer-te: “Eu também quero viver como tu!”.
Mas lembre-te: a paz não significa ausência de problemas; ela é fruto da certeza de que, por trás de qualquer acontecimento e por mais doloroso que seja, Deus tem um plano perfeito que poderá levar-te à Sua plenitude, caso tu o permitas! 
  
Terceira semana: Amor

Nesta semana, foca-te no amor e na misericórdia para com os teus irmãos em Cristo. Com todos! O serviço ao próximo, que é fruto do sacrifício e do amor autêntico, torna-se alimento para a alma, motor para a vida e veículo do amor de Deus para os demais.
Lembre-te: é dando que se recebe. Amar e servir a quem amas. é fácil!
Amar e servir a quem mais custa é prática real de misericórdia e amor.

Quarta semana: Alegria!

O Natal já está à porta! Esta é a grande semana! Desfruta-a com a felicidade de uma alma cheia de esperança, alegria, certeza do Amor de Deus! 
Reconhece, realmente, quem tu és e vive com dignidade, honrando a tua verdadeira natureza: tu és FILHO DE DEUS, redimido por Cristo!

A COROA DE NATAL

A Coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus humanado. A branca significa a paz que o Menino Deus veio trazer; a roxa clara (ou rosa) significa a alegria de sua chegada.
A Coroa é composta de quatro velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo e nem fim, é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.
As quatro velas do Advento simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo.
1. No primeiro domingo do Advento, acendemos a primeira vela - vermelha - que simboliza o perdão a Adão e Eva. Cristo desceu a Mansão dos mortos para dar-lhes o perdão.
2. No segundo domingo, a segunda vela - verde - acesa com a primeira, representa a fé dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, que creram na Promessa da Terra Prometida, a Canaã dos hebreus; dali nasceria o Salvador, a Luz do Mundo.
3. A terceira vela - rosa - acessa com as duas primeiras, simboliza a alegria do rei Davi, o rei que simboliza o Messias porque reuniu sob seu reinado todas as tribos de Israel, assim como Cristo reunirá em si todos os filhos de Deus. É o domingo da alegria. Esta vela tem uma cor mais alegre, o rosa ou roxo claro.
4. A última vela - branca - simboliza os Profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça que o Messias traria.
Tudo isso para nos lembrar o que anunciou o Profeta:
"Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes.Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor" (Is 11,1-2).
"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. 3. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas; porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos" (Is 9,1-6).

Prof. Felipe Aquino, Com Canção Nova

 JÁ PENSASTE NISTO?

Há dois mil anos houve a sexta-feira mais negra da história!
S. Lucas conta-nos que naquela negra sexta-feira  enquanto o Filho de Deus era levantado, cravado na Cruz, toda a terra ficou na escuridão. (Lucas 23:44).
Naquela Black Friday Deus fez a melhor oferta que um dia o ser humano recebeu: colocou a salvação de forma gratuita ao alcance de todos nós.
Naquela sexta-feira negra no Gólgota, Deus não fez somente um simples desconto pela nossa dívida!
Ele pagou-a por completo!

"MATAR A MORTE"

É possível a fé «matar a morte»?

Se a vida é uma bênção, a morte surge no horizonte, ainda que distante, como uma maldição impossível de contornar. Pode surpreender-nos em tempo de festa e sua densa sombra sobre aqueles que amamos é fonte de angústia. Dialogamos com ela durante noites a fio enquanto mantemos um braço de ferro até ao limite, até ao dia em que a abraçamos ou somos mansamente abraçados por ela. 

«No fim dos tempos», nesse tempo que desejamos longínquo, sonhamos que a «morte morra», porque até aquele que a antecipa, procura desesperadamente um espaço de liberdade e de realização. Desejamos que a morte seja a pedra na qual assentamos o pé para atravessar o grande lago, a fronteira que separa os dois mundos, realidade transitória mas necessária para aceder à plenitude de felicidade que naturalmente ansiamos.

É possível que a «morte morra?» A perspetiva cristã enfrenta este mistério de um modo que alguns consideram uma estratégia de negação da realidade, uma espécie de fuga para a frente. A finitude não é uma desgraça, antes pelo contrário, uma experiência de libertação. O morrer, associado por vezes à dor terrível, é o pórtico para a comunhão plena com Deus.

Esta nova visão da morte está já presente nos primeiros testemunhos que chegaram até nós, como por exemplo, a versão de S. Marcos do fim dos tempos que escutamos este domingo: «nos últimos dias, depois de uma grande aflição… Nessa altura, verão o Filho do Homem vir…. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos…» 

Terá sido num ambiente familiar, longe do olhar persecutório das autoridades, que a mensagem apocalíptica de Jesus foi repetidamente proclamada. Ameaçados e perseguidos por causa da fé, o pequeno grupo não arrepiou caminho. Hoje é-nos difícil imaginar o impacto disruptivo deste pequeno grupo na cultura dominante. Eram, no mínimo, bastante estranhos. Como destaca o ensaísta D. Hart, faziam parte da comunidade as pessoas mais desprezíveis. Aos olhos dos pagãos, tinham sido justamente condenadas, torturadas e executadas pelos seus crimes mas, para espanto de muitos, rapidamente eram glorificadas como mártires da fé cujas relíquias ocupavam o espaço devocional dos antigos deuses. 

O comportamento anormal dos seguidores do Galileu, também Ele torturado e executado em espaço público, é apenas compreensível à luz da eminente ressurreição, caso contrário, não passaria de um grupo de lunáticos sem qualquer consistência social e histórica. Um novo dado altera substancialmente o modo de ver e estar no mundo: A devoção ao Deus crucificado e ressuscitado alterou o destino dos homens. 

É possível a fé «matar a morte»? A resposta dos cristãos é inequivocamente afirmativa. 

Pe. Nélio Pita, CM 
Pároco de S. Tomás de Aquino

               




CARDEAL D. ANTÓNIO MARTO

Pensar que a nomeação a Cardeal do Sr. Bispo D. António Marto por Sua Santidade, Papa Francisco, foi motivada por razões de agradecimento pelo acolhimento na recente vinda a Fátima ou pela importância religiosa do Santuário, são motivos, perdoa-me a expressão, demasiadamente fracos.
Qualquer português cristão, católico e praticante, minimamente atento às “guerras” declaradas, às escondidas ou às claras, contra o representante de Jesus Cristo na Terra, Papa Francisco, entende as razões de Mario Bergoglio: ele quer rodear-se de pessoas da "sua confiança", pretende ver-se rodeado de apoiantes à reforma iniciada: ouvintes e praticantes dos muitos dos seus conselhos de muitos dos seus exemplos e de muitas das suas obras! 
Pretende ver-se rodeado do clero que reconhece a  oportunidade de aplicação das suas palavras e imitação dos seus actos.
O Papa Francisco está a usar este instrumento da livre nomeação de cardeais, mostrando, assim, a vontade de constituir um grupo de homens fieis e seguidores do Evangelho. 

Após a sua nomeação como Cardeal, D. António Marto disse: "eu sou apoiante da reforma que o Papa quer levar para a frente: a reforma da Igreja; uma Igreja mais evangélica, menos burocrática, mais próxima das pessoas, mais acolhedora, de menos exclusão, mais misericordiosa, mais atenta aos desfavorecidos, aos pobres, uma Igreja construtora de pontes e, agora, mais preocupada com o problema dos refugiados, verdadeira catástrofe humanitária ... 

https://www.youtube.com/watch?v=NoNU2vn_QtE


Se quiseres recuar um pouco no tempo, recordo-te a chegada do Santo Padre ao aeroporto de Monte Real em 12 de Maio de 2018 que podes ver neste link,


https://www.youtube.com/watch?v=3-1jZIBUlrY


e repara no tipo diferente das saudações ao clero presente, entre os minutos 5,27 a 6,15 ... 
Não são precisas palavras!


A indiferença de um grande número de prelados europeus (incluíndo Portugal) e norte americanos, (países do auto intitulado "primeiro" mundo), são reveladoras da falta de unidade na Igreja de Jesus Cristo católica e apostólica e da falta de comunhão com o seu líder espiritual!


Quando menciono o nosso País,  relembro-te esta notícia:

"Para o cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, e ao contrário do colega de Leiria-Fátima, não deve alterar-se a doutrina católica, que defende que o casamento é indissolúvel e que os divorciados que voltam a casar vivem uma situação de adultério, estando por isso impedidos de comungar a hóstia na missa. Manuel Clemente defendeu então um caminho alternativo: o da simplificação dos processos de nulidade do matrimónio. Um procedimento que já está previsto na Igreja e consiste na avaliação das condições em que foi realizado o casamento. Se ele for considerado inválido, os casais ficam livres para uma segunda união, podendo nesse caso comungar.



Mas ninguém pensou em alterar a doutrina!

Mas ninguém defendeu a solubilidade do matrimónio!
O que poucos não compreenderam e continuam a não querer compreender,  é o tema subjacente à  Exortação Apostólica "Amoris Laetitia": o AMOR!
Mas não é o AMOR o "pilar" de toda a Palavra de Deus?
Será que o Amor, nos desígnios do Pai Celeste,  tem excepções?
Será que o Amor de Deus não é "aplicado" aos recasados? 
Será que o Senhor os excluiu da Sua paternidade?  


Continuo com a notícia do Jornal "O Sol" no dia 31/7/2015:
"Na hora de decidir qual o parecer que a Igreja portuguesa ia enviar para o Vaticano sobre este assunto, o bispo António Marto apresentou um documento que subscrevia a polémica visão do cardeal Walter Kasper sobre o acesso dos divorciados recasados à comunhão. Segundo esta proposta, os recasados poderiam voltar a comungar na missa após um percurso penitencial. Haveria uma análise caso a caso e uma decisão final que caberia ao bispo da diocese".

Enquanto D. Manuel Clemente revelou ter uma posição distante dos pensamentos do Papa Francisco, D. António Marto, desde a primeira hora, aplaudiu, seguiu, segue e tenta por em prática, as propostas de Sua Santidade. 
Mas não apenas ele: também o Bispo de Viseu e mais cinco outras dioceses de Portugal que, de imediato, criaram grupos de acompanhamento a casais “recasados”, com o objectivo de poderem aspirar a receber a Comunhão, com o objectivo de acolher e nunca excluir.
Na Diocese de Lisboa ainda nada se fez sobre este assunto! (Se alguém souber, pf informe-me)

Olhando para estes factos (Sr. Pe. B.M., tudo o que é posto neste blogue foram, são e serão factos verdadeiros ... ) e à recente presença do “inimigo público nº 1” de Sua Santidade, o Sr. Cardeal Burke autorizado a celebrar uma missa tridentina, desaconselhada e já desenquadrada pós Concílio Vaticano II, na Igreja de S. Nicolau, Diocese de Lisboa,   será fácil concluir que o Papa Francisco necessitava de mais um amigo incondicional, como o Bispo de Leiria/Fátima, D. António Marto.

Recordo uma petição pública em finais de 2017, dirigida ao Sr. Cardeal de Lisboa, já aceite e deferida  sobre , “a necessidade espiritual ... que em Lisboa não tem sido atendida por nenhum sacerdote em plena comunhão com a Igreja Católica (nem poderia sê-lo doutro modo), humildemente pedimos a Vossa Eminência que façais celebrar publicamente ao menos uma Missa por semana, aos Domingos, segundo esta forma extraordinária do rito romano, na Diocese que vos foi confiada.” 

Com todo o respeito pelos cristãos presentes nessas assembleias mas não tendo nenhum conhecimento do latim, poderei pensar que  rezam/cantam aquela cação do Tony de Matos: "Ó tempo, volta para trás ..."😆

Infelizmente, não é só em Lisboa! 
Aquando de passagem pelo Algarve no passado mês de Junho, ouvi, dentro de uma Igreja e antes da Adoração ao Santíssimo Sacramento, um desabafo do Pároco: “incompreensão e alguma afronta de tantos padres, quanto ao rumo proposto por Francisco." Estas palavras são-lhe transmitidas por alguns sacerdotes durante as respectivas férias no Algarve.

Será, por razões semelhantes a estas, que o Santo Padre, Papa Francisco, nos pediu a oração diária do Terço durante o mês de Outubro para que, pelaintercessão de nossa Senhora, haja união na Igreja Santa Católica e Apostólica?

Papa Francisco, "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o Seu rosto e te dê a paz".

Números 6:24-26






O FILME SOBRE O MILAGRE DE FÁTIMA

CHEGA ÀS SALAS DE CINEMA 
EM PORTUGAL
 DIA 11 DE OUTUBRO

APÓS GRANDE SUCESSO NO MERCADO INTERNACIONAL



** até ao final de 2018 o filme estreará num total de 21 países **


O filme da Goya Producciones, que será em Portugal distribuído pela Cinemundo, obteve um tremendo sucesso no mercado brasileiro, com mais de 140.000 espectadores em sete semanas de exibição. O Brasil foi, até ao momento, o país de maior sucesso deste filme ultrapassando o México e a Polónia com, respetivamente, 80.000 e 70.000 espectadores.



Realizado por Andrés Garrigó, "FÁTIMA O DERRADEIRO MISTÉRIO" é um documentário dramatizado inspirado no fenómeno das aparições de Fátima. Terá Fátima marcado a História do mundo? Uma série de estranhas coincidências parecem indicar que as misteriosas aparições de Fátima alteraram o curso da História dos últimos 100 anos…. Com base em dados reais e na opinião de peritos internacionais, o filme revela eventos ignorados oferecendo-nos uma entusiasmante visão global do fenómeno.

O filme chega aos cinemas portugueses dia 11 de outubro e tem estreia agendada em:


BRAGA – Cinema Cineplace Nova Arcada

CALDAS DA RAINHA – Cinema Cineplace La Vie Caldas da Rainha

COIMBRA – Cinema NOS Alma Shopping

FUNCHAL – Cinema Cineplace Madeira Shopping

GONDOMAR– Cinema NOS Parque Nascente

LEIRIA – Cinema City Leiria Shopping

LISBOA – Cinema City Alvalade

PAÇOS DE FERREIRA – Cinema NOS Ferrara Plaza

PONTA DELGADA – Cinema Cineplace Parque Atlântico

PORTO – Cinemas NOS Alameda Shop & Spot

RIO MAIOR – Cineteatro de Rio Maior

SANTARÉM – Cinema Castello Lopes Santarém Shopping

SEIXAL – Cinema Cineplace Rio Sul

TORRES NOVAS – Cinema Castello Lopes Torres Shopping

VILA REAL – Cinema NOS Nosso Shopping

VISEU – Cinema NOS Forúm Viseu

O lançamento do DVD do filme estará disponível em Portugal a partir do dia 26 de Outubro.


“Fátima o Derradeiro Mistério” estreou, até à data, em 13 países da Europa e América. Em outubro, para além de Portugal, estreará na Alemanha e nas Antilhas Holandesas. Em novembro está prevista a estreia na Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia e Perú, totalizando 21 países até ao final do corrente ano.


Materiais oficiais (trailer, poster, fotos):

https://cinemundo.box.com/media

(Password: cinemundo)


Para mais informações, favor contactar:


Luísa Sousa de Ávila
Rua João Chagas, nº 12B – Dto.
1500-493 Lisboa
T (+351) 217 780 470
M (+351) 929 029 382
Papa pede aos católicos para rezarem o terço contra as ameaças do espírito maligno

Francisco chama os católicos a rezarem o terço, diariamente, durante o mês de Outubro contra "o mal que divide a comunidade cristã"


No passado sábado, dia em que a Igreja celebrou os arcanjos S.Miguel, S.Gabriel e Rafael, o Papa pede aos fiéis que rezem, diariamente, neste mês de Outubro, o Terço “contra o mal que divide a Comunidade cristã”.

Por isso, a pedido do Santo Padre, a Rede Mundial de Oração lança, neste mês de Outubro, uma Campanha especial de Oração para que os fiéis de todos os Continentes possam invocar Nossa Senhora e o Arcanjo S. Miguel, para que protejam a Igreja nestes tempos difíceis.

Com efeito, recentemente, vivemos na Igreja situações difíceis, como contínuas denúncias de abuso sexual por parte do clero, das pessoas consagradas e dos leigos. O aumento dos abusos e divisões internas na Igreja, certamente, é favorecido pelo espírito maligno, “inimigo mortal da nossa natureza humana”.

Na tradição cristã, o mal apresenta-se de diversas formas, como de “Satanás”, que em hebraico significa “adversário”, ou “Diabo”, que, em grego, é aquele que divide e semeia a discórdia.


Na tradição bíblica, fala-se também de “sedutor do mundo”, “pai da mentira” ou “Lúcifer”, que se apresenta como o anjo da luz e do bem, mas conduz ao engano.

Enfim, o mal manifesta-se de diversos modos, complicando a missão de evangelização da Igreja, chegando até a desacreditá-la. Em parte, a responsabilidade é nossa por deixarmo-nos levar pelas paixões ( a riqueza, a vaidade e o orgulho) e  não pela verdadeira vida! 
Estes são os caminhos pelos quais o maligno nos seduz e nos arrasta para o mal, levando-nos a cometer acções perversas, como discórdias, mentiras etc.

Na Carta ao Povo de Deus, no último dia 20 de Agosto, o Santo Padre recordou: “Se um membro sofre, todos sofrem com ele… Quando experimentamos a desolação, que provoca tantas chagas na Igreja, devemos persistir na oração a Maria e buscar crescer no amor e na fidelidade eclesial”.

Portanto, neste mês de Outubro, o Santo Padre pede a todos os fiéis um maior esforço nas orações pessoais e comunitárias, rezando, todos os dias, o Terço a Nossa Senhora, para que a Virgem Maria proteja a Igreja, nestes tempos de crise, e o Arcanjo São Miguel a defenda dos ataques do inimigo. Segundo a tradição eclesial, este Arcanjo é o chefe dos exércitos celestes e protector da Igreja.
No final da oração mariana do Terço, o Papa convida-nos a rezar a mais antiga invocação à Santa Mãe de Deus “Sub tuum praesidium” (“Sob a Vossa proteção”) e a tradicional oração a São Miguel, escrita por Leão XIII:

Oração a Nossa Senhora

«À Vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas nas nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!»

Oração a São Miguel Arcanjo

«São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate. Sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demónio. Que Deus manifeste o Seu poder sobre ele. Eis a nossa humilde súplica. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com o poder que Deus vos conferiu, precipitai no inferno Satanás e os outros espíritos malignos, que andam pelo mundo tentando as almas. Amém!».









Irmãos, todos nos recordamos daquela frase que usamos quando alguém nos pergunta, o que são grupos da Renovação Carismática. Simplesmente, respondemos: "Vem e vê!".

Em relação a esta extraordinária obra "EUCARISTIA", só te posso dizer: compra e lê, é para ti!

O autor, Pe. Dário Pedroso, dispensa qualquer tipo de apresentação ou referência.

Lê e medita! Relembrarás ou aprenderás muita coisa, passando a viver, mais intensamente, este Sacramento.


Encontra-se à venda nas livrarias Paulus pelo preço de 7€. Até o número 7 é bíblico ...!!!
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Ajuda-te, ajuda o teu grupo e ajuda a tua paróquia!

FRANCISCO: "CULPADO!”

Querido Papa Francisco: na verdade, és culpado!

És culpado por seres um homem e não seres um anjo! 
És culpado porque tens a humildade de aceitar que erras e de pedir perdão. Pedir perdão por ti e por nós. E isso, para muitos, é inadmissível!
És culpado porque desejavam que fosses um juiz e um canonista e és exemplo e testemunho de misericórdia. 
És culpado pois abandonaste a tradição de morares em palácios e escolheres viver no meios das pessoas. 
Culpado, porque deixaste a sumptuosidade de S. João de Latrão e elegestes a pobreza das prisões, dos orfanatos, dos asilos e das casas de recuperação.

Sim és culpado!

Deixaste de beijar os pés “perfumados” das eminências e beijas os pés “sujos” de condenados, mulheres, doentes, de outras confissões religiosas, de “diferentes”!
És condenado porque abriste as portas aos “recasados” e porque, diante de temas dolorosos e pendentes, respondes simplesmente: “quem sou eu para julgar?”.
És condenado porque assumes a tua fragilidade, pedindo que rezem por ti, quando muitos exigem que sejas dogmático , intolerante e rubricista. 

Papa Francisco, és culpado por tantos e tantos corações ditos “infiéis”, “excomungados” e “impuros” terem redescoberto o rosto belo de Cristo ternura e misericórdia. 

És culpado porque “chamas as coisas pelos nomes” e não te retrais de lembrar aos bispos que não sejam pastores de aeroporto mas sim gente com “cheiro a ovelha”. 
Culpado, porque rasgaste as páginas da intolerância, dos moralismos estéreis e impiedosos e nos ofereceste a beleza da compaixão, da ternura e da frontalidade. 
És culpado porque nos abristes não tanto os olhos, a inteligência e a razão mas, sobretudo, o coração. 
És culpado por quereres carregar a Cruz da Igreja em vez de desviares o olhar, seres indiferente às dores e às lágrimas dos homens do nosso tempo. 

És culpado porque não suportas os crimes hediondos feitos em nome de Deus por aqueles que falam de Deus mas vivem contra Ele. 

Culpado, porque buscas a verdade e a justiça, abraçadas pela misericórdia, em vez de silenciar, esconder, minimizar ou ignorar. 
És culpado porque deixaste de querer uma Igreja de privilégios e mordomias, de glórias e poderes mundanos e nos ensinas a força do serviço, a riqueza do lava-pés e a grandiosidade da simplicidade. 


Papa Francisco deixa que te culpem destes “crimes”. Sabes que ao teu lado estão incontáveis homens e mulheres que, como tu, não são anjos, são frágeis, pecadores, esperando que Cristo olhe por nós e para nós. 

Sabe que contigo está uma enorme “procissão” de corações que por ti rezam a cada instante, por ti dariam a própria vida e te seguem como ovelhas que confiam no pastor. 
Foi Cristo quem te colocou ao leme desta “barca” naufraga que é a Igreja. 
É Cristo quem te dará as forças para prosseguir esse caminho de “culpabilidade” que tanto bem fez ao mundo e à Igreja. 
Querido Papa Francisco obrigado por seres culpado pela beleza da Igreja sonhada por Jesus.





publicado no facebook do Pe António Teixeira dia 30 de Agosto de 2018 pelas 18h42min


PALAVRAS DO CARDEAL

 D. ANTÓNIO MARTO NO DIA 28/6/2018



Depois de ouvir este pequeno documentário, retive:

1 - D. António Marto concorda com as reformas na Igreja proposta pelo Papa Francisco, tendo chegado a dizer-lhe, pessoalmente: "Santo Padre, a reforma é para ir para a frente! Não tenha medo!"
2 - Um eventual futuro papa de origem asiática, "traria um grande contributo para o diálogo inter-religioso".
3 - "Um dia terei ocasião de dizer ao Santo Padre: chegou a hora de os cardeais se apresentarem com a mesma simplicidade com que o Papa."
4 - " ... com vestes vermelhas, penso que não!"

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Homilia Diária.861)


A Igreja é o corpo de Cristo 


Na Bíblia, a igreja é chamada Corpo de Cristo para explicar a nossa união com Cristo e a nossa união, uns com os outros. Assim, como todas as partes do corpo estão ligados e trabalham juntas, os cristãos devem trabalhar unidos para a obra de Deus. Assim como a cabeça comanda o resto do corpo, Jesus comanda a igreja.

Jesus teve um corpo físico que sacrificou por nós na cruz, mas não é disso que a Bíblia fala quando diz que a igreja é o Corpo de Cristo. Ser “Corpo” de Cristo é uma metáfora sobre a nossa associação com Jesus e com os nossos irmãos cristãos. A igreja é a representante de Jesus na terra e cumpre as Suas ordens, assim como o corpo cumpre as ordens da cabeça.

Ser cristão significa viver em união com Jesus e com o resto da igreja (1 Coríntios 12:12-13). Precisamos de estar unidos a Jesus, porque Ele nos dá a vida e a salvação. Sem Jesus, nada podemos fazer!
Mas também precisamos de vivermos em comunhão com os outros cristãos. Sozinhos, não conseguimos crescer nem viver uma vida cristã saudável. Precisamos de viver em igreja!

O que significa ser membro do Corpo de Cristo?

Assim como cada parte do corpo tem uma função importante, cada cristão tem uma parte na obra da igreja (Romanos 12:4-5). Todos recebemos dons e talentos de Deus que servem para ajudar o resto da igreja. Por exemplo, algumas pessoas têm o dom de ensinar a palavra de Deus, enquanto que outras têm o dom de encorajar ou ajudar outros irmãos.

Todos os membros do Corpo de Cristo são importantes. Muitas vezes valorizamos mais as posições de liderança mas cada função é importante e necessária para o bom funcionamento da igreja. A Bíblia explica assim: “Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato?” (1 Coríntios 12:17)

Não devemos desprezar os outros cristãos, porque cada um é parte do Corpo de Cristo e reflete um pouco da glória de Deus. Precisamos uns dos outros!!! (1 Coríntios 12:21-23). Viver para Cristo e espalhar o Evangelho pelo mundo é um trabalho de equipa.

Cristo, a cabeça do corpo.

Jesus é o líder supremo da igreja. Ele é O nosso       Salvador e O nosso Rei! Ele tem toda autoridade! A cabeça domina o resto do corpo e decide o que vai fazer. Da mesma forma, as nossas vidas, devem ser guiadas por Jesus. A igreja como um todo e cada pessoa individualmente, é liderada por Jesus (Efésios 4:15-16).

Todos precisamos de Jesus! Ele é o elo de ligação entre todos os cristãos, não importa quão diferentes sejam. Somos todos parte do mesmo corpo porque todos estamos unidos a Jesus e lhe obedecemos. 
Ele é a fonte de nossa vida e de nossa missão.

Como Corpo de Cristo, devemos obedecer a Jesus e  procurar uma maior união uns com os outros.

site "Respostas Bíblicas"

QUINTA-FEIRA, 31 DE MAIO

Solenidade do Santíssimo Sacramento do 

Corpo e Sangue de Cristo





A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da Bula "Transiturus de Hoc Mundo", em 8 de Setembro de 1264. Seguem transcritos os alguns parágrafos desta Bula:

“Urbano Bispo, servo dos servos de Deus, aos venerados irmãos patriarcais, arcebispos, bispos e demais prelados, saúde e bênção apostólica.
Cristo, nosso Salvador, deixando este mundo para ascender ao Pai,na Última Ceia, pouco antes de sua Paixão, instituiu, em memória de Sua morte, o supremo e magnífico Sacramento de Seu Corpo e Seu Sangue, dando-nos o Corpo como alimento e o Sangue como uma bebida.
Sempre que comemos este pão e bebemos deste cálice, anunciamos a morte do Senhor, porque Ele disse aos apóstolos durante a instituição deste sacramento: "Fazei isto em memória de mim", para que este excelso e venerável Sacramento fosse para nós o principal e a mais insigne memória do grande amor com o qual Ele nos amou. Memória admirável e estupenda, doce e suave, cara e preciosa, na qual se renovam os prodígios e as maravilhas; nela se encontram todos os deleites e os mais delicados sabores! Nela se provam a mesma doçura do Senhor e, acima de tudo, se obtém a força para a vida e para a nossa salvação.
É um memorial docíssimo, sacrossanto e saudável, no qual renovamos a nossa redenção, distanciamo-nos do mal, fortalecemo-nos  no bem e progredimos na aquisição das virtudes e da graça! Somos confortados pela presença física do nosso próprio Salvador pois, nesta comemoração Sacramental de Cristo, Ele está presente no meio de nós, numa forma diferente, mas na sua verdadeira substância.
Antes de ascender ao céu, Ele disse aos apóstolos e seus sucessores: "Eis que estou convosco, todos os dias, até a consumação do mundo"! Ele consolou-os com a benigna promessa de que permaneceria  também com a Sua presença corpórea.
Um momento, verdadeiramente digno de não ser esquecido, no qual lembramo-nos que a Sua morte foi vencida, que a nossa ruína foi destruída pela morte d`Aquele que É a própria Vida [...].
Portanto, é preciso cumprir este dever com o admirável Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que é a glória e a coroa de todos os Santos, para que resplandeça numa festa e solenidade especiais e para que, o que possa ter sido negligenciado nas outras celebrações da Missa, no que se refere à solenidade, seja complementada com uma devota diligência. 
Para que os fiéis, no dia desta festa, possam  interiorizar-se, pensando no passado com atenção, humildade de espírito e pureza, de consciência, suprindo o que tenham cumprido de forma errada, na celebração de uma missa, quiçá ocupados com os seus pensamentos nas coisas materiais ou mais comumente, por causa de negligência e fraqueza  humanas. 
Certa ocasião foi ouvido também, quando realizamos um ofício mais modesto, que Deus revelara a alguns católicos que era necessário celebrar essa festa em toda a Igreja. Nós, portanto, achamos apropriado estabelecê-lo para que, de uma maneira digna e razoável, a fé católica possa ser vitalizada e exaltada.
Que em cada ano, portanto, seja celebrada uma festa especial e solene de tão grande sacramento, além da comemoração diária que a Igreja faz, estabelecemos um dia fixo para ela, a primeira quinta-feira depois da oitava de Pentecostes. [...]

Dado em Orvieto em 11 de agosto de 1264, terceiro ano do nosso pontificado.
URBANUS PP. IV


O NASCIMENTO DA IGREJA








O Tempo Pascal chega ao seu auge, com o grande presente do Ressuscitado: o derramamento do Espírito Santo prometido, na saída da Igreja à vida pública! Do lado de Cristo na Cruz brotou a vida da Igreja, na fonte dos sacramentos do Batismo e da Eucaristia, água e sangue que jorram do lado do Salvador. E Ele “entregou o Espírito”, fazendo dom daquele que é o sopro da vida. 
Após a Ressurreição o mesmo Senhor, mostrando as marcas da Paixão, apareceu aos seus discípulos, trazendo-lhes o dom da paz e a missão da reconciliação, quando soprou sobre eles o Espírito Santo. 
É o mesmo Espírito que pairava sobre as águas, quando da criação do mundo! 
É o mesmo Espírito que falou pelos profetas! 
É o mesmo Espírito que estava com Jesus na sua missão inaugurada na Sinagoga de Nazaré! 
E é o mesmo Espírito que é dado a todo o Povo de Deus, onde nele habitará, até à vinda do Senhor, no fim dos tempos! 
É Pentecostes na Igreja! 
É Pentecostes na vida de cada cristão! 
É Pentecostes no zelo apostólico que anima a Evangelização! 
Vinde Espírito Santo!


A Igreja reza e canta assim no Pentecostes: “Espírito de Deus, enviai dos Céus um raio de luz!”. O Espírito Santo é luz que ilumina os corações e a estrada da fidelidade a Deus. “Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós! Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele”. A luz do Espírito invade todos os espaços de escuridão, todos os recantos tramados pelo pecado, o fingimento, a mentira, a impureza, tudo o que se desfaz diante da luz que vem do Céu! Esta luz queima para purificar, cauterizando as raízes da maldade que se espalha no mundo, todas as feridas deixadas pelo tempo e pela iniquidade das pessoas humanas. “Espírito de Deus, enviai dos Céus um raio de luz!”

“Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons”. Somos homens e mulheres carentes dos dons do Espírito Santo, esmolando na oração confiante! O dom da Sabedoria, para degustar o sentido da vida e dos acontecimentos segundo Deus; o dom do Entendimento, para sermos apaixonados pela verdade; o dom da Ciência, para conhecer as realidades humanas de acordo com o plano de Deus e não transformar nosso mundo num deserto estéril; o dom do Conselho, para buscar na Escritura, na palavra das pessoas maduras em Deus e na inspiração segura do Espírito, o modo correto para tomar decisões e agir com retidão; o dom da Fortaleza, para sermos socorridos em nossa fragilidade e falta de coragem, assim como a força para controlarmos nossos impulsos e nosso temperamento; o dom da Piedade, a graça de ter um coração bom, que ame a Deus, o próximo, a comunidade e a pátria; o dom do temor de Deus, que dá a certeza de que nunca estamos sozinhos, mas acompanhados pelo Senhor, e nos ajuda a levar Deus em conta em todos os passos que damos na vida. “Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons”

“Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!” O Espírito Santo é chamado consolador. Ele que abranda nossas inquietações, exageros, radicalismos desatinados, quando queremos jogar tudo pelos ares! Vinde habitar em nossos corações, Espírito Santo, ocupai todos os espaços de nossa alma. Esvaziai de todo entulho o nosso interior, Vinde aliviar as dores e as inseguranças que nos assaltam! “Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!”

“No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.” Nossa vocação é trabalhar este mundo de Deus, com o suor de nosso rosto e a dedicação de nossa inteligência. Sabemos que o descanso verdadeiro e salutar de todas as nossas fadigas só se encontra no Senhor, que envia seu Espírito. Este Espírito vem ao encontro de nossas muitas aflições, como o remanso cheio de quietude das águas que correm, ou como a brisa que lava nosso rosto com delicadeza. Precisamos urgentemente dessa presença do Espírito Santo, “no labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem”.

“Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.” O Pai de misericórdia, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, nos concede, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz (Cf. Fórmula da Absolvição no Rito da Penitência). É a graça da reconciliação e do perdão dos pecados que clamamos quando pedimos que nossas sujeiras interiores sejam lavadas! E a secura interior e exterior é umedecida com a água bendita do Espírito. Este Espírito é dado para curar nossa humanidade ferida. Peçamos: “Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente”.

“Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.” O primeiro coração endurecido é o meu, não tanto os corações dos outros. Que nenhuma dureza, escuridão ou frieza resistam à ação do Espírito Santo de Deus! É tempo de acolher o sopro do Ressuscitado que dá o Espírito Santo a todos os fiéis e destrói com o fogo do amor todas as barreiras, abre portas e descortina os horizontes para que o Evangelho penetre em todas as realidades humanas! “Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei”.

“Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.” É a Igreja que reza confiante, impulsionada pela recomendação do Senhor Jesus, pois ela e a humanidade necessitam com urgência o sopro dos sete dons do Espírito Santo! “Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons”.

“Dai em prêmio ao forte, uma santa morte, alegria eterna.” Nossa estrada nesta terra terá seu final lá na casa do Pai. Passaremos pelos umbrais da morte, nossa Páscoa pessoal e definitiva, para contemplar sem véus as realidades eternas. Nossa vida na terra seja uma santa viagem, a belíssima aventura, para a entrega que esperamos aconteça com uma santa morte. Se pequenos e fracos, somos fortes do Senhor e podemos dizer: “Dai em prêmio ao forte, uma santa morte, alegria eterna”.



adaptação da reflexão de D. Alberto Taveira Corrêa, arcebispo Metropolitano de Belém do Pará.


II


Todos os anos, na liturgia de rito romano, celebramos, após cinquenta dias da Páscoa, a festa de Pentecostes. A sua origem remonta às páginas do  Antigo Testamento, tem a sua releitura no Novo Testamento e recorda-nos,  ainda hoje e em cada momento presente, o nosso compromisso baptismal e crismal com o Senhor, O crucificado vivente.

Pentecostes no Antigo Testamento:

Pentecostes é uma palavra de origem grega cuja tradução é ‘cinquenta dias’. Pentecostes é, no Antigo Testamento, a festa da Colheita (Ex. 23, 14s), também conhecida como festa das Semanas (Ex. 34,22; Dt. 16, 9-10). As comunidades judaicas celebravam a colheita dos frutos da terra; era uma festa do povo do campo. Com o passar dos tempos, essa festa que acontecia nas sete semanas depois da Páscoa, foi tomando um novo sentido: passou a representar a lembrança da promulgação da Lei no monte de Sinai. Segundo o testemunho do livro do Levítico, esse dia é um dia santo: nele haverá uma convocação, uma assembleia santa (Lv. 23, 21) e o povo fará uma festa em honra de Javé.

Pentecostes no Novo Testamento:

No Novo Testamento, Pentecostes está associado, dentro do contexto da paixão e ressurreição de Jesus, com a criação “oficial” da Igreja. Lucas, no livro dos Atos 2.1,41, dá-nos um relato cujo teor tem mais um sabor teológico do que histórico. Ele, diz-nos que na festa das Semanas (Pentecostes), depois de cinquenta dias da Páscoa judaica (e da ressurreição de Jesus), após Jesus ter sido elevado aos céus, enviou-nos o Espírito Santo, fundando a nova comunidade dos eleitos, o novo povo da salvação escatológica.

É claro que, mais do que um relato “histórico” e fidedigno, como a semelhança de uma reportagem ao vivo e a cores, o autor conta-nos uma realidade bem mais viva e cativante do ponto de vista da fé cristã. 

As  comunidades  fundadas pelos  apóstolos e demais seguidores, são uma obra do Espirito! Diferentemente, alguns teólogos, fruto do aprofundamento de outras passagens  bíblicas, colocam o nascimento da Igreja no lado aberto e chagado de Jesus, na cruz. 
Lucas está a dizer-nos que Deus, através da festa das Semanas judaica, está a criar um novo povo, através de uma nova colheita. Estes "povos" significam outras regiões e outras nações onde a salvação, o Evangelho de Jesus, irá chegar! 
E essa linguagem será só uma: o Amor! Amor comprometido, ablativo e missionário!

Deste modo podemos dizer, baseado em exegese e teologia assumida pela nossa Igreja, que, Pentecostes, mais do que um facto histórico é um facto teológico!

Então houve ou não houve uma ‘descida do Espírito Santo’? Claro que houve! Basta analisares os frutos ao longo destes dois mil e dezoito anos!
O mesmo Espirito que animou, dinamizou, criou, re-criou e inverteu a ordem das coisas nessa trajetória histórica está, nos dias de hoje, a agir no nosso meio, nas comunidades e através das acções dos muitos irmãos e irmãs que estão na periferia do mundo ou dentro das comunidades, fazendo a “coisa”, o reino, a vida, acontecer.

Por isso, mais que celebrar uma lembrança histórica, celebramos aqui e agora, a presença transformadora, libertadora, subversiva e dinâmica do Espírito que faz, nos nossos tempos, um Novo Pentecostes. 

E este "novo pentecostes" é de ordem pessoal, comunitária e social no meio do povo! O Espírito, não é propriedade de um grupo de pessoas, nem de uma pessoa ou de uma ideologia, mas sim e apenas de Deus!!! 
É Ele, vivo, que habita nos nossos corações!
Não é a simples Terceira Pessoa da Santíssima Trindade! Não é uma pomba ou uma língua de fogo .... Não! É o próprio Deus, ressuscitado e vivi, que habita em nós!

Conclusão…

Celebrar Pentecostes não é celebrar o passado!  Fazendo memória do passado,  escutemos o Espírito Eterno: do passado, do presente e do futuro! Ele foi, é e será sempre O mesmo: Deus vivo no nosso coração, Deus vivo em nós!!





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